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terça-feira, 1 de outubro de 2013

com lágrimas de prece




Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh'alma alcança quando, transportada,
sente, alongando os olhos deste mundo, 
os fins do ser, a graça entresonhada.


Amo-te a cada dia, hora e segundo
A luz do sol, na noite sossegada
e é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.



Amo-te com a dor, das velhas penas
com sorrisos, com lágrimas de prece,
e a fé de minha infancia, ingenua e forte.



Amo-te até nas coisas mais pequenas, 
por toda vida, e assim DEUS o quiser
Ainda mais te amarei depois da morte.





Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios 

Rompi com o mundo, queimei meus navios 
Me diz pra onde é que inda posso ir




Se nós, nas travessuras das noites eternas 
Já confundimos tanto as nossas pernas 
Diz com que pernas eu devo seguir




Se entornaste a nossa sorte pelo chão 
Se na bagunça do teu coração 
Meu sangue errou de veia e se perdeu




Como, se na desordem do armário embutido 
Meu paletó enlaça o teu vestido 
E o meu sapato inda pisa no teu




Como, se nos amamos feito dois pagãos 
Teus seios inda estão nas minhas mãos 
Me explica com que cara eu vou sair




Não, acho que estás só fazendo de conta 
Te dei meus olhos pra tomares conta 
Agora conta como hei de partir




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